quinta-feira, 15 de setembro de 2011

HOMENAGEM AO DR LÉON FREDJA SZKLAROWSKY

Escritora Imortal Gilma Limongi

A Escritora Imortal Gilma Limongi  manda-nos a Carta que o Porfessor Léon escreveu quando ela lhe mandou seu livro sobre a Amazônia.A Escritora Gilma assim faz uma homenagem Póstuma ao nosso querido Lèon.

Brasília, 28 de junho de 2009

CARTA À ESCRITORA GILMA LIMONGI BATISTA


O obscurantismo consegue impedir a caminhada ou o progresso do homem, por algum tempo, mas não para sempre
Cara escritora Gilma
LÉON  FREDJA SZKLAROWSKY
         Ler um livro é partir para o até então mundo desconhecido, conviver com acontecimentos, até então estranhos, e conhecer um pouco do autor, o criador daquele universo, que era só dele e passou a pertencer também ao leitor, antes um intruso, um estrangeiro, que de agora em diante compartilha e às vezes determina o rumo e recria em sua mente e em sua imaginação um novo e fascinante espaço - tempo, fazendo estremecer a sólida rocha de seus encantos, com novas interpretações ou vontade de fazê-lo, ou, como no caso da sua obra, diferente sob todos os aspectos, participar da mesma criação e das mesmas idéias, louvando-as, aplaudindo-as e segui-las.
            Eis o poder de um artista, de um escritor, de um estadista, de um cientista do direito, de um poeta, de contador de histórias, de um artífice da palavra, de um artesão ou de um ourives da imaginação e da inteligência, o arquiteto de um diálogo, de fatos, teses e, porque não, de novos caminhos e mundos, navegando pelas galáxias da imaginação.

            E livros, que eu saiba, não dão dinheiro, pelo menos para mim ou para o João Ubaldo Ribeiro, que escreveu há algum tempo, no Estadão (vale a pena saborear  seu escrito ), uma preciosa crônica, de extrema atualidade, “Eu quero meu cemildola.”  Não obstante, quando não se sabe fazer outra coisa, vale mesmo a pena escrever, não importa se dê dinheiro ou não. Se dá prazer, pronto!!! E quando, além do prazer, é uma necessidade do espírito, então, não há outra coisa a fazer, senão, escrever! Escrever! Escrever!...
     Quando se tem à mão uma obra que, de imediato, atinge os sentimentos, a alma e o intelecto, o prazer da leitura atinge os píncaros.
                    Seu trabalho merece, sem dúvida, o galardão e o selo de uma grande obra, pela forma amena, simples e preciosa de escrever, porque é uma aula magna de brasilidade.

Recebi, com muita satisfação, “o céu por entre a renda caprichosa das folhas da Amazônia”, que não só enriquecerá minha biblioteca, como já o elegi meu livro de cabeceira por sua importância e atualidade, como uma obra clássica, desde a sua gênese. Repito: seja como obra literária, seja como obra destinada ao estudante de letras e ao homem comum.

Mal recebi o livro, abri-o e resolvi ingressar, neste mundo diversificado e distinto, cujo título por si só clama por sua leitura imediata e, desde a primeira até a última página, alegra e encanta o leitor, com as mil e umas articulações e bailados das palavras e idéias que, com o pincel de letrista, transporta-o para aquele mundo curioso da especulação e da lição fácil e agradável.
            Pretendia, na verdade, fazer, antes, uma leitura dinâmica, uma corrida sem parada, para somente depois ler com mais vagar.

Pura ilusão! Ledo engano! Não consegui. Fui adiante. Bendita hora que nos encontramos na bela e inesquecível festa proporcionada pelo Sindicato de Escritores até ontem, sob a direção da Meireluce e agora, sob as mãos firmes do Elias Daher.

Pois bem, as palavras começaram a prender-me. As imagens que se formavam em meu cérebro, o universo que se criava, cada vez mais, exigiam concentração e dedicação, sem pré–condições, impedindo “a viagem marota da leitura dinâmica” e, então, lembrei-me dos meus velhos tempos de estudante, quando me reunia com literatos, estudiosos e estudantes, os mais diversos, na Biblioteca da Praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo. Lá encontrava futuros sociólogos, literatos, juristas, poetas e escritores, que se tornaram ícones nas respectivas áreas.

A leitura de sua obra encantou-me, de imediato, com essa deliciosa caminhada, pela estrada (ou pelo oceano verde!) da Amazônia, tão cobiçada e enamorada de todos, que cativa, desde o primeiro momento, todo leitor, pela sua atualidade e novidade, para a maioria.  E o tema, então, é dos mais significativos. Faz-nos navegar pelo “oceano verde e profundo”..., misterioso...

Sua obra não fica, pois, nada a dever aos notáveis, por sua profundidade, clareza e precisão cirúrgica, permitindo ao ledor integrar-se no seu mundo e dele participar, intensamente.

Nesse ambiente vibrante e polivalente, reencontro-me neste labirinto misterioso criado pela autora (você), que, no primeiro momento, assustou-me pela temática, mas não me decepcionou pela forma, conteúdo e novidade.
            Deste modo, desbastando a pedra bruta, revelou as sombras ocultas das palavras e a sua alma de escritora, para deleite de seus leitores, já agora, seus admiradores, desvenda o jogo das palavras e a magia, com que fantasia essas mesmas expressões.

            Por isso, minha cara amiga, a responsabilidade do escritor é muito grande e, quando ele consegue transmitir a mensagem, é sinal de que atingiu o objetivo. E, certamente, você o fez.
            Afinal, o escritor, o poeta e o compositor têm um pouco de cada ser humano e, da síntese, ele produz sua obra. E quando o escritor ou o poeta escreve, seu espírito começa a divagar, desgarra-se do corpo e inicia a caminhada fascinante. Envolto de desafios, ingressa no mundo fantástico do sonho, do devaneio. E você bem sabe, escrever é uma arte e uma necessidade. Faz parte do dia a dia do escritor, do poeta e do compositor, que compõe a divina música.

            É, como proclamei, ontem, em minha fala, a prova maior da existência de Deus, não importam as religiões, os ritos, as etnias, porque Deus é Um só, e o homem (ser humano) é um só.
            Realmente, o escritor, o poeta, o compositor, o músico desempenham papel importante, pois com sua pena (ou, já agora, com seu computador) e sua música marcam os melhores e até os piores instantes vividos pelo ser humano, na Terra.

            Parabéns.
          
         
Receba o meu afetuoso abraço e obrigado pela lembrança e pelo carinho com que me ofertou a obra.
                                            
 
       LÉON  FREDJA SZKLAROWSKY

Nenhum comentário:

Postar um comentário