domingo, 31 de outubro de 2010

As Chuvas Por Ridamar Batista



Umedecido ar, transborda o mar
todas correntes em avalanches
vão levando as bordas dos destinos
num total e louco desatino
de romper frágeis amarras
construídas nos sopés...
Vão esperanças tardias
rolando a ribanceira
numa tão grande cegueira
de não ver onde passar.
Perdidos pelos escombros
pedaços de vidas e coisas
misturam lembranças de dor.
O rio quando arrebenta
não pede desculpas e vai
neste desmando infeliz
rompendo todas as amarras
limpando sua estrada
obedecendo um ciclo vital.
Ninguém pode culpá-lo
é força da própria vida
encher e depois vazar...
Ridamar Batista

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